segunda-feira, 7 de junho de 2010

O grande ERRO de um grande ÍDOLO

“Se errei foi tentando acertar e quando acertei o fiz de todo o coração.”

Luis Manoel Mazzuco


Lembro-me como milhões de vascaínos que há algum tempo atrás o sonho de todo (ou quase todo) torcedor era ver seu ídolo maior na presidência do clube. Acreditávamos que alguém que respeitasse e amasse ao Vasco poderia fazer ressurgir aquele clube vencedor do passado e resgatar as tradições, os tempos de glórias.

Eis que na madrugada de 28 de Junho de 2008 o sonho torna-se realidade. A vitória de Roberto Dinamite estava consolidada e a imensa torcida comemorava eufórica. Parecia a conquista de um título mundial.

Começou – se então a se desenhar um Vasco diferente na cabeça dos vascaínos. Um Vasco estruturado, com patrocínios fortes, centro de treinamento, fila de investidores e outras tantas coisas, outras tantas promessas.

Foi então que no primeiro ano da nova administração, tudo aquilo que ía mal acabou ficando ainda pior. Com grande responsabilidade do seu antecessor e uma boa parcela de culpa da gestão atual o Vasco foi rebaixado pela primeira vez em sua história. Uma mancha que o tempo nunca apagará. Roberto teve uma parcela de culpa, mas em reconhecimento à tudo aquilo que fez pelo clube foi perdoado pela torcida e as pazes foram seladas logo no ano seguinte. Reformulou o departamento de futebol e junto com o competente Rodrigo Caetano e o técnico Dorival Júnior montaram um elenco razoável dentro das possiblidades financeiras do clube. Um elenco limitado, que felizmente deu certo e conquistou a série B, levando o gigante de volta ao seu lugar.

Entre altos e baixos, até aí tudo bem. Com a conquista do acesso, a torcida passou a acreditar que o Vasco teria um bom time em 2010, um time de primeira divisão e a altura do clube. O Resultado: Desilusão.

Os erros começaram a partir da não renovação de contrato do técnico Dorival Júnior. Não renovado pelo fato de este mesmo técnico pedir aquilo que a imensa torcida do Vasco esperava: um time competitivo e uma estrutura decente.

Contrataram então outro treinador, e o resultado: Não deu certo e foi provado aquele ditado: “O barato as vezes sai caro”.

O Vasco hoje infelizmente se tornou um time sem identidade. A derrota para o Botafogo na final da Taça Guanabara foi a gota d’agua. Parece que depois daquele jogo o Vasco se tornou um time de derrotados, de jogadores sem sangue, sem vontade e sem garra. E as consequências foram e estão sendo lamentáveis: péssima campanha na Taça Rio, eliminação na Copa do Brasil e até o momento ocupa a penúltima colocação no campeonato brasileiro.

Se pudesse voltar atrás, Roberto Dinamite certamente não assumiria o Vasco. E seria o melhor a fazer.

O clube está afundado em dívidas; o patrocinador exige demais e o time não engrena. E a culpa na cabeça dos torcedores é de quem: do presidente.

Lamento que Roberto Dinamite esteja comprometendo a sua bela história no Vasco desta forma. Infelizmente e por motivos diversos não está conseguindo ser como presidente, o craque que foi como jogador. Não consegue acertar em suas decisões, como acertava o gol adversário. É preciso que a torcida cobre, mas que ainda assim, embora insatisfeita reconheça também a sua boa vontade. Se como presidente ele não pode fazer tudo, está ao menos fazendo tudo o que pode.

A solução eu diria está aqui: O Vasco não pode ser administrado só com o coração. Não pode viver só de boas intenções. O Vasco precisa ser administrado com a razão e com a competência de quem sabe administrar, de quem não teme e não tem medo de enfrentar tudo e todos. O Vasco não precisa somente de recursos, precisa é de pessoas inteligentes que saibam usá-lo e investir naquele que é o objetivo maior de todo grande clube: formar um time forte e vencedor.

Enquanto isso, Boa sorte Dinamite !

Saudações Vascaínas !

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